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Harmonização facial: o que é, quem usa, quem faz

De acordo com a OMS, a definição de saúde é “…o estado do mais completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de enfermidade”.
Portanto, atender as necessidades individuais de aupercepção estética, e tratar com um olhar humanizado e clínico quem busca o tratamento de harmonização facial, significa entender o que saúde representa.

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8 de setembro de 2021

A forma craniofacial é um tema “badalado” para cirurgiões há mais de um século, já que evidências na literatura sugerem que diferentes tipos de tratamento podem alterar o equilíbrio facial e os contornos de partes moles da face.

A análise da forma craniofacial se dá por meio dos exames clínicos, complementares como as radiografias de cabeça e pescoço, fotografias e, principalmente, pelo pleno conhecimento das estruturas anatômicas da face, influenciando no diagnóstico do perfil facial ideal.

Com a padronização de pontos cefalométricos desenvolveram-se pontos faciais que influenciam na determinação um perfil facial ideal (quase uma fórmula de beleza), onde pontos faciais são utilizados para referência do que é desejável em termos estéticos.

Antes de tudo, é importante ressaltar que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a definição de saúde é “…o estado do mais completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de enfermidade”.

Assim, a busca pela autopercepção estética não é apenas um “capricho”, mas sim um aspecto decisivo no bem-estar do indivíduo, afetando diretamente sua saúde mental.

Atender essas necessidades individuais, e tratar com um olhar humanizado e clínico quem busca esse tipo de tratamento, significa entender o que saúde representa.

Para entendermos melhor como funciona a harmonização orofacial, precisamos primeiro entender quem é o público-alvo e o que ele busca. Cola aqui!

First things first

A harmonização facial, ou orofacial, é uma especialidade que visa a reabilitação funcional e estética do sistema de estruturas bucais e da face, influenciando diretamente em aspectos essenciais da qualidade de vida de quem busca esse tipo de tratamento. Top, hein?

Mas quem está procurando?

Pesquisas relatam que a idade típica em que os pacientes procuram procedimentos cosméticos é entre 30 e 50 anos. Uma pesquisa de 2014 da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica Estética relatou que aproximadamente 22% de todos os procedimentos cosméticos foram realizados em minorias étnicas.

Os homens foram os destinatários de aproximadamente 11,5% de toxina botulínica e 8% dos procedimentos de preenchimento com ácido hialurônico.

O envelhecimento, antes do advento das redes sociais, era o principal motivador para busca de tratamentos estéticos que alteram os contornos e partes moles da face, justificando a principal faixa etária encontrada em pesquisas que buscam entender o público que buscava pela harmonização orofacial.

Por que está bombando?

Hoje, no entanto, o ambiente está bem diferente. Com 2,62 bilhões de usuários ativos, o uso de redes sociais é inevitável e está acelerando exponencialmente a procura por procedimentos estéticos.

O Instagram é uma forma única de compartilhamento de fotos de mídia social com mais de 48.611 fotos postadas por minuto (2018), e a maior taxa de engajamento social por postagem em comparação com todas as outras plataformas.

Além de expor e incentivar a busca por padrões de lifestyle e beleza, vários procedimentos de harmonização orofacial são divulgados e resultados de antes e depois expostos em larga escala.

Redes sociais podem envolver os usuários em comparações sociais relacionadas à aparência. Isso aumenta a exposição de jovens entre 20 e 30 de maneira regular a imagens de “faces ideais”, justificando o aumento exponencial da busca por tratamentos de harmonização orofacial nessa faixa etária.

Obs.: entendemos que o importante é sentirmo-nos bem com nossa aparência. Porém, em caso de procurar por um procedimento, utilize de meios seguros para alcançarmos resultados funcionais e estéticos desejáveis, respeitando sempre os limites éticos.

Mas fica a pergunta: como a harmonização orofacial realmente funciona?

Falamos que o público entre 30 e 50 anos é pioneiro na busca por melhorias estéticas associadas à harmonização orofacial. Já pararam pra pensar no porquê?

O envelhecimento é ainda o principal fator. Acelerado pela exposição demasiada ao sol, estresse e hábitos como o tabagismo, a idade e certos hábitos estão diretamente relacionados com a perda de colágeno, aumento da inflamação e danos a proteínas da pele. Isso faz com que ela perca seu aspecto jovem, ficando flácida e sem sustentação.

Ainda, uma nova classe de indivíduos passou a integrar o grupo que busca por essas intervenções estéticas. Com a padronização do que é desejável nas mídias sociais, cada vez mais jovens passam a buscar por procedimentos que o permitam alcançar uma face mais esteticamente harmoniosa. E o que seria essa face mais harmoniosa?

Sabemos que o que é esteticamente desejável é uma questão complexa, individual e que envolve diversos fatores. Entretanto, de acordo com estudos da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos, as características mais buscadas, de acordo com o gênero, estão listadas logo aqui abaixo (tabela 1).

Tabela: comparativo de mulheres e homens para procedimentos de harmonização facial

Tabela 1 – Ideais de estética facial para homens e mulheres, adaptado de Carruthers et al.

Diferentes intervenções, como o uso de botox e preenchedores, podem ser utilizadas para alcançar essas características. Na Tabela 2 listamos para vocês algumas abordagens de tratamento realizadas para alcançar a harmonização orofacial.

Tabela: abordagens de tratamento realizadas para alcançar a harmonização orofacial

Tabela 2 – Abordagens possíveis com a Harmonização facial, adaptado de Carruthers et al.

Toxina botulínica

Imagem de seringa e fármacos injetáveis

Na harmonização orofacial a toxina botulínica é comumente utilizada para reduzir o efeito de “caimento” de pele associado ao envelhecimento. Em indivíduos mais jovens é utilizada como prevenção da aparição de linhas finas ou arqueamento de sobrancelha, alterando o contorno facial promovido por essas estruturas.

De maneira objetiva, a toxina botulínica restringe a movimentação de músculos da face, evitando o aprofundamento das linhas finas existentes e o surgimento de novas.

Ainda, diferentes preenchedores podem ser utilizados para devolver os contornos faciais de partes moles que se deterioraram com o tempo, ou para dar o volume e aspecto desejado pelo paciente, independentemente de sua idade.

Ácido Hialurônico

Imagem de aplicação de fármacos na face de uma modelo

O mais famoso! Comumente utilizado como preenchedor de lábios. Os ácidos hialurônicos ocorrem naturalmente e universalmente em organismos vivos, sendo utilizados  há muito tempo como preenchedores dérmicos e agentes de contorno, ajudando no alcance dos contornos faciais desejados.

Apesar de seguro e bastante eficiente, sua duração é limitada e muitas vezes mais curta do que a maioria dos pacientes deseja, tornando necessário que o procedimento seja repetido em intervalos regulares de tempo.

Cada vez mais consciente e antenado, o público-alvo da harmonização facial busca por abordagens minimamente invasivas, mas altamente eficazes e seguras para alcançar a aparência desejada, o que nos leva aos preenchedores rígidos, fruto das mudanças substanciais e rápidas tão típicas do campo de estética facial.

Implantes faciais

Implantes Rígidos ba•io

Fabricado sempre com materiais biocompatíveis, seguros e eficazes, os preenchedores rígidos chegaram como uma solução de resultados planejáveis, previsíveis e de longa duração para o paciente. Com o auxílio de tecnologias de imagem de ponta, é possível alcançar o contorno facial desejado de maneira permanente, eliminando a rotina de retorno periódico ao consultório para manutenção dos resultados obtidos.

Por se tratar de intervenções físicas que, por natureza, possuem riscos e que podem incorrer em eventos adversos nunca é demais ressaltar que a harmonização facial deve ser feita por profissionais da área da saúde habilitados para tal, visando que:

  • As diferenças entre os produtos da mesma classe e como eles influenciam o uso clínico e os resultados obtidos seja profundamente compreendida;
  • Tratamento personalizado de acordo com as necessidades e circunstâncias individuais, incluindo considerações étnicas e culturais, como tipo de pele, formato facial e ideais estéticos seja oferecido.

Dentre as classes que têm a formação necessária para oferecer tratamentos seguros que vão alcançar os resultados desejados estão os dentistas, cirurgiões bucomaxilofaciais, cirurgiões plásticos, médicos dermatologistas e esteticistas.

Com o avanço das especialidades que podem efetuar os procedimentos, a oferta de treinamentos e tecnologias  aumentou bastante, auxiliando os profissionais a ficarem cada vez mais hábeis e oferecendo mais diferencial a seus pacientes.

Esperamos que esse post tenha sido instrutivo e tenha te ajudado a decidir pelo seu bem-estar quanto ao tópico de harmonização orofacial!

Referências Bibliográficas

LUIZ, Gleysson Alves Farias et al. Alteração do perfil facial: Tratamento ortodôntico ou harmonização facial?/Change of facial profile: Orthodontic treatmentor facial harmonization?. ID on line REVISTA DE PSICOLOGIA, v. 13, n. 48, p. 177-191, 2019.

SUNDARAM, Hema et al. Global aesthetics consensus: hyaluronic acid fillers and botulinum toxin type A—recommendations for combined treatment and optimizing outcomes in diverse patient populations. Plastic and reconstructive surgery, v. 137, n. 5, p. 1410, 2016.

KAU, C. H. et al. Facial templates: a new perspective in three dimensions. Orthodontics & craniofacial research, v. 9, n. 1, p. 10-17, 2006.

CARRUTHERS, Jean DA et al. Advances in Facial Rejuvenation: Botulinum Toxin Type A, Hyaluronic Acid Dermal Fillers, and Combination Therapies–-Consensus Recommendations. Plastic and reconstructive surgery, v. 121, n. 5, p. 5S-30S, 2008.

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